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Você Conhece o Silo-Bolsa?

Essa estrutura de armazenamento de silagem ou grãos é uma alternativa aos métodos tradicionais de estocagem com maior flexibilidade, especialmente de localização, e com menor investimento. A estratégia em silo-bolsa é caracterizada pela armazenagem destes produtos em bolsas de polietileno com proteção anti UV, para isso, é utilizado um implemento embutidor acoplado ao trator, o que permite o abastecimento e compactação simultânea da massa a ser armazenada, o que leva a concentração de oxigênio dentro do silo a níveis baixos.

SILO BOLSA NO ARMAZENAMENTO DE GRÃOS:

No armazenamento de grãos, o oxigênio é consumido rapidamente, criando uma atmosfera rica em CO2, o qual contribui para a manutenção das características nutricionais desses grãos, além de controlar o aparecimento de pragas de armazenamento, como mofos.

O uso do silo-bolsa para esta finalidade assume grande importância quando observamos o déficit nacional de estrutura de armazenamento de grãos no Brasil, pois ele surge como grande alternativa aos armazéns verticais, uma vez que é capaz de aumentar a capacidade de armazenamento de uma propriedade, permitindo aos produtores a retenção deste produto durante o período de pressão de baixa dos grãos e a venda em momentos de alta.

Além desta vantagem, ao se armazenar o produto na própria fazenda, evita-se a mistura de grãos e a quebra técnica, mantendo a qualidade do produto que foi produzido dentro da porteira, e possibilita a comercialização de acordo com o lote e/ou origem do produto armazenado.

SILO BOLSA NO ARMAZENAMENTO DE SILAGENS:

Para as forrageiras ensiladas para a alimentação animal, a vantagem na utilização do silo-bolsa é semelhante a observada nos grãos, já que a massa ensilada atinge o estado de anaerobiose em um curto espaço de tempo, dando início rapidamente ao processo fermentativo, o que também ajuda a controlar o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis, reduzindo as perdas.

Como já citado, a ensilagem em silos-bolsa traz uma série de benefícios ao produtor. Em termos logísticos, é possível armazenar a silagem próximo ao local de fornecimento deste produto, como um confinamento, por exemplo. Em alguns casos, é possível também dispor os silos-bolsa em locais estratégicos de pastagens para que, em épocas de menor disponibilidade e pior qualidade da forragem, sirva como fonte de alimento de qualidade em sistemas de autoconsumo.

Do ponto de vista nutricional, a preservação do alimento ensilado está atrelada a menores perdas, uma vez que a rápida entrada em estado de anaerobiose permite o início da fase fermentativa de maneira precoce, reduzindo a janela de atuação de microrganismos indesejáveis deterioradores. Ainda, no pós-abertura, como dispõe de um painel com dimensões relativamente pequenas, a retirada diária costuma ser grande o suficiente para reduzir o tempo de exposição da massa ao oxigênio, inibindo assim a proliferação desses microrganismos após a quebra da fase de anaerobiose da silagem. Uma vez que esses microrganismos são evitados, há redução nas perdas de MS por fermentação indesejável, por “emboloramento” e, também, não há comprometimento de consumo, pois o desenvolvimento desses microrganismos leva a queda na palatabilidade do alimento a ser fornecido.

Outro ponto importante e que causa perdas durante a ensilagem é o momento da compactação, especialmente por dois motivos: compactação ineficiente/desuniforme e ou contaminação do material ensilado pelo rodado do trator. Ao se lançar mão de silos-bolsas, a própria máquina ensiladora, dotada de rosca sem fim, enche a estrutura e já a compacta, reduzindo as perdas, realizando compactação uniforme e evitando a contaminação pelos tratores, além da economia em termos de diesel e mão de obra, a qual pode ser direcionada para outras atividades dentro da propriedade.

Desta maneira, o uso deste tipo de estrutura para a armazenagem de produção agrícola e pecuária, seja em forma de grãos ou silagem, é uma alternativa interessante para ser adotada em propriedades de todos os tamanhos.

Equipe MS.DC Consultoria Maryon Strack Dalle Carbonare Zootecnista, Dra. Diretora de Pesquisa e Projetos MS.DC Consultoria Professora de Pós-Graduação